SESC TRIATHLON / SALVADOR

Um dia antes de embarcar ainda estava sem reserva em nenhum hotel de Salvador. Internet, pesquisar, hotel perfeito: Clic aqui! Achei um ao lado do lugar onde retirava o KIT e muito próximo do lugar onde se dava a largada da prova. O Hotel não tinha site, mas tinha telefone. Liguei, fiz uma reserva, o atendente pareceu achar estranho e eu pareci não me importar. Ghegando lá! Tchan-Tchan-Tchan-Tchan!
Um Motel pé duro, com grade na entrada, desses de várias portinhas em um corredor escuro, com uma escada estreita ao fundo que leva a outro corredor com mais portinhas apertadas. Como diz o ditado plagiado: Tá no inferno! Abraça a Bicicleta! Peguei o quarto menos podre ao fundo com ar, puxei conversa com a atendente que tem metade da família morando em São Paulo, e me tranquei no quarto pra fazer carícias em minha bicicleta. Minha sorte é que os bancos estavam em greve  e isso vinha comprometendo o movimento da casa.
Apesar do circuito de bike ser bem travado, foi uma prova linda, pedalando debaixo do Elevador Lacerda, com um grande público prestigiando o evento e com muitos bons atletas brigando para embolsar desde 5mil a 500reais. Infelizmente eu era o único atleta com deficiência nesta etapa. Mas isto vai mudar em breve! 
Soltando depois da prova ao lado do novo amigo Arthur
Minha largada foi a última de 5, mas ainda restavam alguns bons nadadores que me permitiram pegar umas boas esteiras. A água era bem clara o que facilitou na hora de enxergar o pé do atleta a minha frente. No entanto largar por último me impediu de pedalar com pelotões mais fortes, mesmo utilizando a minha bike reserva e pedalando com a prótese estética acho que a bike resolveu retribuir o carinho da noite anterior e eu acabei por puxar o pelote da molecada do Ceará, chegando a atingir 47km/h na reta. Curti tanto a experiência no pelote que acabei saindo pra correr bem cansado, e como o trabalho de aprender a andar ainda está no começo, continuei me sentindo desconfortável com minha pisada e passada e só fui encaixar a corrida já nos 500metros finais.
Ano que vem voltarei a Salvador, e com certeza, farei uma reserva bem antecipada!
Abração! e volte logo!

PAULISTA DE DUATHLON

Meu dia das crianças não foi moleza não. Parece até uma pegadinha para enganar criança: como pode você correr mais rápido e ficar mais longe do pódio? Em 7 de agosto eu passei pela dolorosa experiência de correr minha primeira prova de duathlon. E agora era a hora da segunda dose. A manhã estava parcialmente nublada mas as 8:30h da manhã o calor já era intenso. O nível da prova subiu tanto quanto a temperatura. O meu resultado final foi 1min e 30seg abaixo do resultado da etapa anterior onde eu havia conquistado o 5º Lugar Geral, e desta vez, mesmo baixando o tempo, tive que me contentar com o 13º lugar Geral. Confiram com os próprios olhos a minha melhora no desempenho: 
                             run5K        T1           bike20k       T2         run2,5K      TOTAL
parciais 7AGO    00:18:40  00:00:30  00:30:37  00:00:27  00:10:52    01:01:06
parciais 12OUT   00:18:06  00:00:34  00:29:44  00:00:25  00:10:46    00:59:35
Apesar da melhora no desempenho, não saí satisfeito com o resultado. Corri pesado e me sentindo desconfortável com meu novo estilo. Recentemente comecei a fazer um trabalho de biomecânica na Força Dinâmica, e descobri que para melhorar minha corrida terei que começar do zero. Estou engatinhando, tropeçando e aprendendo a ficar em pé outra vez. É um trabalho fascinante mas muito cansativo, eu não esperava que neste dia das crianças eu mesmo acabasse me tornando mais uma. Mas se é pra crescer mais forte, que assim seja, passarei o resto da vida aprendendo que nunca é tarde para reaprender e aprender também que nunca é tarde para continuar reaprendendo.
Deixo ainda os meus parabéns ao Arthur Alvin, um de nossos treindores na A.Giglioli pelo admirável feito de correr os 5K para 17min53seg, conquistando o 4º lugar geral e mostrando que treinador também pode estar entre as cabeças. Eu não acreditei quando ele passou por mim! O cara que aos sábados fica olhando eu treinar enquanto eu me mato na corrida vai ganhar de mim? Não podia deixar aquilo acontecer! Numa  passada meio torta e curta ele passou voando e não parou mais. Por mais que eu fizesse força e apertasse o ritmo lá se ia ele na pura raça já a mais de 20 metros a minha frente. Desacreditei! Que raça! Parabéns Arthurzinho! Esse cara é sangue nos óio! É correndo ao lado de pessoas como você que sinto cada vez mais orgulho de ser atleta! ... E se prepara negão! Que eu já to reaprendendo a andar!
Abraço a todos! E Obrigado pela visita!