VOLTA INTERNACIONAL DE SANTOS

Está dada a largada para a temporada 2011. E ela já começou com muita superação. Depois de 2 meses de muito treino de base, corri nesse ultimo 20 de fevereiro a primeira prova do ano e provavelmente a única na distância olímpica (1,5k nadando, 40k pedalando, 10k correndo).
Nunca senti tanto desgaste "interno" de uma só vez. Como me disse o Hilton, esta prova dá falência múltipla dos órgãos. E dá mesmo! De domingo pra segunda, depois da prova, tive febre de 39º mas isso já não era novidade. E só consegui voltar a treinar na quarta, e mesmo assim corri meio zureta.
Mas vamos aos fatos. No dia 17/02 cheguei em São Paulo com febre, e fiquei na cama a sexta-feira inteira com 38,5º a 39º. A febre só foi passar na madrugada de sábado. O que me deixou com menos de um dia para me reidratar e descansar para a prova. Na manhã da competição fui para a prova pedindo que rezassem para que eu ao menos cruzasse a linha de chegada sem passar mal. Queria apenas completar a prova, ainda me sentia muito debilitado.
Nadei com tranquilidade, completando os 1500m em 26 minutos, e pretendia segurar um pouco o pedal pois sabia que a corrida iria exigir muito. Mas não deu, uma vez que você chega na Rodovia Anchieta e todo mundo está pedalando acima dos 40km/h, não tem como se segurar, "soquei a bota" e terminei os 40K em 1h07min. Pronto, agora era só correr! 

Até parece que seria tão simples assim. A temperatura ambiente girava em torno de 34º, somado ao calor que subia do asfalto e o calor do corpo superaquecido após pedalar forte, não iria me surpreender se tirando minha temperatura  saísse uns 39 ou 40º. 


A cada quilômetro da corrida eu jogava 2 copos d´água, um na cabeça e um nas coxas e mesmo assim meu ritmo estava uma vergonha. Corri a prova toda para 4'45'' de média por quilômetro. Tentei apertar o ritmo nos 2kms finais mas o esforço era muito maior do que o resultado.  Durante o evento eu vi 3 pessoas   caídas no chão e muitas outras caminhando ou simplesmente desistindo da prova. O calor estava de rachar os neurônios. Mesmo assim consegui completar a prova em 2h19min50segundos, igualando meus tempos de treino e me deixando entre os 30 primeiros da categoria de idade. Dos 84 atletas na faixa dos 25 a 29 anos, eu fiquei em 27º lugar. E entre os 3 deficientes de membro superior inscritos na prova, fiquei com uma vantagem de 20 minutos para o segundo colocado.



Cruzada a linha de chegada, fui direto me juntar à multidão de atletas que passavam mal de calor e de "falência total do corpo inteiro". Parabéns a todos os atletas que completaram essa prova. Ela estava particularmente impossível. E àqueles que não conseguiram completar a prova meus parabéns também! Vocês provavelmente souberam escutar melhor o limite do seu corpo e passaram bem menos mal depois da prova.
Vamos treinar pra cada vez mais superar mais limites!
Abraço a todos,
Angelo Borim




Um comentário:

  1. Olá, acabei de assistir sua entrevista ao Rivanildo! Gostaria de te parabenizar pelo exemplo de força e superação!Já ouvi alguns comentários a seu respeito, mas não da magnitude que transpareceu na reportagem! Estudo com seu pai na Ufpi, outra pessoa maravilhosa!
    Sucesso nos próximos treinamentos!! Que venha 2016!!!

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